Querid@s Guerreir@s
Leiam o artigo de Fábio Farias. Não é o deputado do RN não. Ele é apenas mais um rapaz latino americano.Vale conferir.
O discurso bonitinho e ordinário do governo sobre a educação (Por Fábio Farias)
É bonitinho, mas ordinário o discurso do Governo do Estado de que está preocupado com os estudantes por ocasião da greve dos professores da rede estadual de ensino. Tão cínico e artificialmente fabricado que não convence nem os mais ingênuos.
Leiam o artigo de Fábio Farias. Não é o deputado do RN não. Ele é apenas mais um rapaz latino americano.Vale conferir.
O discurso bonitinho e ordinário do governo sobre a educação (Por Fábio Farias)
É bonitinho, mas ordinário o discurso do Governo do Estado de que está preocupado com os estudantes por ocasião da greve dos professores da rede estadual de ensino. Tão cínico e artificialmente fabricado que não convence nem os mais ingênuos.
Não há preocupação com a qualidade de
ensino e com educação no Estado. E não é de agora. É histórico. O fato é
perceptível, por exemplo, quando se observa que a Universidade Estadual
do Rio Grande do Norte (UERN) não tem autonomia financeira e depende da
boa vontade do governo e de parlamentares para investir o próprio
orçamento
Isso sem falar nos professores
universitários de UERN que ganham um dos salários mais baixos do país .
No caso do ensino médio estadual, a distorção é ainda mais dramática:
escolas com estrutura precária, salários insignificantes para os
professores e uma secretaria estadual de educação dependente da
politicagem de liberação de verbas do governo para se mexer.
Em sete meses, o governo Rosalba não
moveu uma palha para resolver o problema da educação no RN. Investiu 55%
do mais de 60 milhões que recebeu do Fundeb na área, quando a lei exige
que o mínimo de 60% seja aplicado e – em tempos de Lei de
Responsabilidade Fiscal – gastou mais com diárias do que com educação
básica.
Não bastasse, por pura falta de tato e de
espírito republicano, teve que começar a colher desgaste em meio à
população para iniciar as negociações com os professores, em greve há
mais de dois meses. Uma briga de gato e rato que pode ser decidida nas
instâncias superiores da justiça.
O governo precisa definir prioridades e
aplicar o dinheiro no Estado nelas. Se a prioridade é educação, por que
esperou dois meses para pagar o piso de R$ 890 para professores que
recebiam pouco mais de R$ 600, como manda a lei? Por que não investiu
corretamente os recursos do Fundeb, como manda a lei?
Agora, dedo em riste, acusa os
professores de serem antidemocráticos por descumprir a determinação do
Tribunal de Justiça para o fim do movimento grevista. A grande
incoerência fica na moral do governo que, descumpre as leis que
interessa e exige o cumprimento daquelas que lhe é favorável. E, para
isso, usa o argumento de cunho apelativo como a de que está preocupado
com os estudantes.
Conceder um reajuste que, ao menos,
diminua o abismo salarial entre um professor da rede estadual e um
servidor da administração direta e indireta do estado é obrigação moral
do governo. É absurdo constatar que um professor de nível superior tenha
um salário base de R$ 930 enquanto um servidor – burocrata, mero
assinador de papéis – tenha vencimento básico de R$ 2 mil.
Se o governo quer tirar o Rio Grande do
Norte da lanterna do ensino público do país, é bom tratar de eliminar
essa intransigência na negociação com os professores, alocar mais
recursos para a educação para, assim, transformar a leviandade do
discurso de que está preocupado com a educação em realidade.
Por: Fábio Farias, em Diário de repórter
Por: Fábio Farias, em Diário de repórter
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