PROFESSORES MINEIROS EM GREVE DE FOME HÁ 9 DIAS

Acampados na Assembleia Legislativa, dois professores fazem greve de fome há 9 dias
Foto: Ney Rubens/Especial para Terra

Mais uma vez a intransigência e autoritarismos dos governos atuais, através de decisões desfavoráveis as classes trabalhadoras em greve, diagnostica a falência da moralidade e justiça.

Desta vez do estado de Minas Gerais, onde o desembargador Roney Oliveira, do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MG), determinou a ilegalidade da greve dos professores da rede estadual, que já dura mais de 100 dias. O TJ-MG havia determinado o imediato retorno dos servidores às salas de aula sob pena de multas que variam de R$ 20 mil a R$ 50 mil por dia não trabalhado.

O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação em Minas Gerais (Sind-Ute) teve o pedido de liminar indeferido pelo STF, que considerou a paralisação ilegal.

Mesmo assim de acordo com o sindicato da categoria, a instrução é para que a greve continue até que seja cumprido pelo governo mineiro o piso salarial determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Aproximadamente de 300 professores ainda permanecem acampados em frente à casa legislativa exigindo o aumento do piso salarial, que, diga-se de passagem, é lei. 

Entre os professores acampados, os educadores Marilda de Abreu Araújo e Abdon Geraldo Guimarães continuam a greve de fome que completou nove dias nesta terça-feira. Ingerindo apenas água e já apresentando sinais de fraqueza, eles dizem que não irão ceder até que o governo cumpra com a Lei Nacional do Piso, que determina o pagamento de R$ 1.187 de vencimento básico.

Diante disso fica difícil entender as decisões do STJ, que primeiramente legaliza a Lei do Piso determinando que seja cumprida imediatamente. Em seguida, se contradiz ao declarar que as paralisações dos professores, que ocorrem em todo país, são ilegais. Como pode ser considerada ilegal, uma greve que tem como reivindicação principal que a determinação do STJ seja cumprida?

Para ver decisão do STJ clique aqui.